quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009



GESTÃO DEMOCRÁTICA

Célia Souza 1
Yonara Santana

RESUMO: O texto discute o caminho percorrido pela educação para se chegar a Gestão
Democrática tendo como abordagem, o conhecimento do gestor dentro de diferentes contextos
históricos. Em cada momento apontam-se estratégias que contribuíram e que continuam
influenciando para a conquista da Gestão Democrática na administração escolar através de um
trabalho significativo e participativo na vida da Escola.
Palavras-Chave: Participação, conhecimento, autonomia, ação educativa.


INTRODUÇÃO

Esse artigo tem como ponto fundamental, estimular cada vez mais a conquista da
autonomia nas escolas para que haja Gestão Democrática com a participação efetiva e eficaz dos
diferentes segmentos que contribuem para o desenvolvimento da educação. A educação preocupa-se
na formação do aluno no sentido de conquistar a autonomia no pensar e no agir. Sendo assim, faz-se
necessário que a escola apresente também, a autonomia no papel do gestor, pois, essa prática será
personificada através dos setores que compõem a escola.


ELEMENTOS QUE INFLUENCIAM A CONQUISTA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para que se alcance a participação tão desejada nas escolas, é preciso que se faça um
resgate na trajetória histórica da busca democrática e da formação do gestor considerando o
momento social, político, cultural e econômico vivido pela educação. Desta forma, a questão sobre a
gestão escolar nos faz primeiramente analisar o que vem a ser administração no sentido amplo e
escolar, pois, a visão que o gestor tem sobre sua função é fundamental para que seu desempenho
tenha êxito, pois, a Administração Geral e a Escolar possuem seus respaldos teóricos baseados nos
mesmos conhecimentos sobre administração, no entanto sua aplicabilidade está atrelada ao
ambiente, clientela e objetivo que pretende alcançar.
Diante do objetivo estabelecido pela educação em busca da democracia, é
fundamental que o gestor seja politizado, no sentido de ter bem claro seu papel de “modelo” de
educador, pautado em conhecimentos acumulados ao longo de sua formação e experiência em
diversas funções desenvolvidas antes mesmo de ser diretor.
É óbvia que, a eleição para diretor já demonstra um avanço na realidade escolar, uma
conquista que se apresenta como vitória para se chegar à Gestão Democrática. Entretanto, para que a
escola mantenha-se com tal conquista faz-se necessário que esse gestor esteja cada vez mais
investindo em sua formação, visto que, sua atuação frente à escola, estará abrindo novos caminhos
para os próximos gestores ou simplesmente, construindo obstáculos para o próximo gestor e para a
educação como reflexo de suas práticas pedagógicas.
O gestor estimulado pela comunidade escolar, pode desenvolver uma grande parceria
em sua gestão proporcionando um melhor processo de aprendizagem, enfrentando desafios
cotidianos com esperança e perseverança, transformando a escola num lugar prazeroso e amigo,
capaz de desenvolver em cada pessoa o gosto pelo saber/aprender/conhecer.
Assim, o espaço escolar torna-se um lugar aberto a muitas parcerias. Nesse sentido,
há um grande desafio para os gestores pela própria exigência de atenção, conhecimento e
habilidades. A escola deve preparar os alunos e ensiná-los a compreender e analisar de forma crítica
os problemas da vida, de si próprio e da sociedade que o permeia, tornando-os cidadãos
participativos.
Vale ressaltar que, existem escolas/gestores, que priorizam a identidade escolar, sua
autonomia como ponte para que haja a ruptura necessária nos paradigmas ultrapassados e
intoleráveis como práticas escolares. Todavia, existem escolas que buscam apenas a
democratização, sem pensar na autonomia e descentralização; outras apenas na autonomia sem levar
em conta a descentralização e democratização, como se esses fatos fossem isolados possíveis para
grandes mudanças.
Dessa forma, para que se instale o processo de Gestão Democrática, surgem algumas
dificuldades ao longo do caminho, pois, existem gestores que em busca dessa democratização
acabam tomando atitudes autoritárias, e outros que mostram descontinuidade na política e
administração do sistema educacional.
Portanto, para construir esse novo modelo de gestão é preciso enfrentar desafios,
pois, percebe-se que até hoje o processo para implantar a democratização no interior da escola ainda
encontra muitos obstáculos, afinal, não é possível pensar em democracia sem que os sujeitos
tornem-se conscientes para exercer esta prática.
O governo surge com novas propostas que visam além da descentralização e
autonomia dos recursos destinados a escola, a participação da comunidade na escola, a eliminação
da burocracia, dando uma maior autonomia também de forma pedagógica em busca de uma maior
qualidade, para que as escolas trabalhem a melhor forma de desenvolver seus projetos-pedagógicos,
porém, observa-se apenas uma redistribuição de tarefas administrativas e não do poder, porém, para
que esta descentralização seja alcançada, torna-se necessária uma reformulação do sistema existente.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:


Falar em Gestão Democrática é acreditar em uma educação com relevância social e,
logo, em uma escola construída a partir da ação coletiva. Assim, se o propósito é formar cidadãos
honestos e responsáveis, a gestão democrática é a política 2 mais necessária para qualquer
administrador escolar. A partir dessa administração será possível desenvolver e vivenciar a
democracia no dia-a-dia da escola e levá-la a consolidar a participação entre toda a comunidade
colaborando, assim, no processo de inclusão social do País.
Dessa forma, buscar a Gestão Democrática requer conquistar a própria autonomia
escolar, haja vista que, sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a
valorização da escola, da comunidade e consequentemente do Gestor e da equipe que está envolvida
no processo, que precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma
educação melhor e inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o conhecimento
de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que engrandeçam ações e ideais
humanizadores. Portanto, só assim o gestor não cairá no risco de ações pragmáticas e tecnicistas,
mas promoverá as inter-relações, compreenderá as diferenças e priorizará sempre o bem-comum.
Entenda como atitude, ação, postura reflexiva que leva à práxis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASSMANN, Hugo. Reencantar a Educação – Rumo à Sociedade Aprendente. São
Paulo: Vozes, 1998.
DEMO, Pedro. Participação é conquista: noções de política social participativa. São
Paulo: Cortez, 1998.
HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola: artes e ofícios da participação
coletiva. Campinas: Papiros, 1996.
PARO, Vitor. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 1997.




2 comentários:

  1. Oieeee....
    Gostei do assunto de sua pesquisa...beijos e sucesso!

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  2. Ola minha flor estava pesquisando e encontrei o assunto qual pesquisava obrigada pela força beijo...

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