sábado, 18 de junho de 2011

PRECISAMOS LUTAR POR NOSSOS SONHOS

"Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles."
Augusto Cury

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


Gifs Animados
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A sociedade brasileira, a partir da redemocratização do País, passou por um processo de reorganização social, política e econômica que está expresso na Constituição Federal, promulgada em 1988, em seu artigo 1º, que prevê a democracia participativa e representativa, reconhece que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou indiretamente”.
As secretarias de educação têm o dever e a responsabilidade de fazer as escolas funcionarem e, para isso, é necessário que os professores tomem conhecimento de certas normas e diretrizes, se convenças de sua legitimidade e passem a agir de acordo com as expectativas dos dirigentes. A direção da escola, por sua vez, deve reunir o corpo docente para comunicar novas normas legais, diretrizes pedagógicas e mudanças de rotina de trabalho. Quanto ao professor, para ser um ativo participante no processo de tomadas de decisão na escola, precisa conhecer bem a estrutura e a organização do ensino, as políticas educacionais e as normas legais, os mecanismos de sua elaboração e divulgação, bem como desenvolver habilidades de participação e de atuação em trabalho de equipe.
Conforme a Constituição Federal no seu artigo 205: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” assegura que a educação deve ser desenvolvida com a participação de diferentes segmentos da sociedade, em uma ação articulada e de co-responsabilidade, em relação à qual o Estado e a família têm papéis decisivos. Cabe a família, uma ação direta nesse processo, como tomar providencia para que seus filhos freqüentem efetivamente a escola, incluindo desde a matricula, o acompanhamento e a avaliação do trabalho realizado pela instituição, ate a cobrança e a fiscalização das ações do Estado. Isso requer o seu engajamento no processo de construção e execução do PPP da escola.
A educação brasileira passa a visar ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o trabalho. As mudanças democráticas, para serem efetivas devem ocorrer dos níveis federal e estadual para a municipal, a democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos oficias, obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do PPP da escola e da participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares e equivalentes.
Ao administra uma escola o gestor deve abandonar o tradicional modelo de concentração da autoridade nas mãos de uma só pessoa, o diretor, evoluindo para formar equipes coletivas que propiciem a distribuição da autoridade de maneira adequada a atingir os objetivos identificados com a transformação social.
A nova LDB trata, ainda, da gestão da educação, ao determinar os princípios que devem reger o ensino e indica que um deles é a gestão democrática. No Art. 15 é tratada a questão da autonomia em dispositivo que prevê: os sistemas de ensino assegurarão às unidades de ensino públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro publico. A LDB ainda revela que no caso do estabelecimento de ensino, as autonomias pedagógicas, administrativas e a de gestão financeira trazem novas competências a serem assumidas pelo diretor e por todo o pessoal da escola, que, de forma coletiva, deve definir o PPP da escola e os meios de transformar em realidade as propostas nele contidas.
Não basta a Lei determinar a gestão democrática para o ensino público. Na realidade, as exigências legais feitas para a gestão democrática da escola devem ser vistas como uma das garantias do direito à Educação. Independentemente da condição social, política ou cultural do cidadão.
A gestão das escolas é, essencialmente, administrar a elaboração e o acompanhamento do projeto de qualidade da educação que se deseja através do PPP da escola, a fim de se caracterizar a especificidade da organização escolar. Essa especificidade precisa ser identificada a partir da leitura das demandas da sociedade e dos espaços abertos na legislação.
Cury (1997, p. 108) afirma que “a gestão democrática da educação, como princípio, deve perpassar o conjunto dos órgãos e instituições que têm por função o dever de educar”. Os professores e demais membros da comunidade escolar, ao assumir a incumbência dada pela LDB de elaborar o PPP da escola, estarão exercitando a participação mo gerenciamento das políticas educacionais. A elaboração do PPP é uma constante recriação da atividade educativa, porque implica constante planejamento e avaliação do processo educativo. A participação pode ser a oportunidade de estar reformulando as expectativas de todos esses segmentos em relação à educação que desenvolvem.
Repensar a escola como espaço democrático de troca de produção e conhecimento é o grande desafio que os educadores deverão enfrentar neste início de milênio, especificamente o gestor escolar, por ser um elemento significativo e articulador de uma prática capaz de romper com as relações competitivas, autoritárias e corporativas que permeiam as relações internas da escola. Assim torna-se urgente a construção de uma proposta pedagógica com um planejamento articulando o processo coletivo na tomada de decisões.
Segundo VEIGA (2001),

A elaboração do projeto pedagógico tem a ver com o trabalho da escola como um todo e com a participação da sala de aula, considerando o contexto social e a preservação de uma visão da totalidade”. Logo, o projeto pedagógico busca a organização global da escola.



A divisão do trabalho, como um dos princípios de administração capitalista, empregada na escola e a coordenação administrativa do diretor, demonstra que o seu poder de decisão permaneceu intocado por um longo período da administração escolar brasileira. Mas uma nova estrutura de gestão escolar busca a representação de integrantes da comunidade interna e externa, como meio de promover a participaçao coletiva, buscando uma gestão descentralizada com a finalidade de alcançar uma educação preocupada com a aprendizagem de qualidade.
O conceito de gestão já pressupõe a idéia de participaçao, que deve ser um trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto, pois o êxito de uma organização depende da ação construtiva conjunta de seus componentes, da vontade coletiva requer esforços de toda comunidade escolar como o diretor, professor, alunos e pais na direção de ações administrativas e pedagógicas que viabilizem a solução de problemas cujos resultados culminem na realização dos fins educativos. É fundamental o envolvimento de todos os participantes do cotidiano escolar nessa nova modalidade de administrar a escola, cabendo aos profissionais da educação, com competência técnica, política e humana, assegurar uma adequada leitura da realidade. Inclusive no enfrentamento das praticas sociais, bem como na superação de obstáculos que serão o suporte de uma escola que se pretende cidadã. Vivenciar a gestão democrática nas escolas significa estar em consonância com esse momento de cidadania que reclama uma participaçao cada vez mais rica e atuante da sociedade.
Para a gestão ser verdadeiramente democrática, é necessário que todos os que estão direta ou indiretamente envolvidos no processo escolar participem das decisões que dizem respeito à organização e ao funcionamento da escola. Mas falta aos pais, ainda, consciência do papel que podem desempenhar e contribuir para a melhoria da qualidade na educação dos filhos. Os professores, principalmente, não demonstram estar motivados para incentivar, ou despertar essa participaçao, embora a valorizem, pois temem a interferência dos pais nos aspectos pedagógicos da escola.
Mas os avanços tecnológicos, as exigências da globalização, um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e parte integrante de uma sociedade em mutação e por isto desafiadora, levaram diversos segmentos sociais, políticos e econômicos a uma postura diferenciada e a enfrentar os desafios da democratização na gestão escolar.
É preciso enfrentar os desafios democratizando realmente a instituição educativa. Trazer o aluno e sua família para dentro da escola, propiciando sua permanência. O diretor deve ser antes de tudo, um educador, um articulador e exercer sempre liderança democrática que seja capaz de dividir o poder de decisão e de deliberação sobre os assuntos escolares com professores, funcionários da escola, pais de alunos, alunos e comunidade escolar, criando e estimulando a participaçao de todos. Isso não significa abrir Mao de responsabilidades ou funções ligadas ao seu cargo.
A gestão da escola deve contribuir para a construção do conhecimento da clientela escolarizável do país, destacando a formação cidadã do educando. A abordagem participativa na gestão escolar demanda participaçao de todos os interessados no processo decisório da escola, envolvendo-os também na realização das múltiplas tarefas de gestão. Nos mais bem-sucedidos exemplos de gestão escolar participativa os diretores dedicam uma quantidade considerável de tempo à capacitação profissional a ao desenvolvimento de um sistema de acompanhamento escolar e de experiências pedagógicas caracterizadas pela reflexão-açao.

A gestão democrática implica primeiramente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo da reciprocidade, que supera a expressão da autonomia, que anula a dependência, de órgão intermediário que elaboram políticas educacionais tais quais a escola é mera executora. (VEIGA, 2001, p.18)



Portanto, a escola deve ser organizada como um espaço democrático, no qual, por meio do dialogo, do questionamento e da crítica. A educação deve ser fortalecida e dando voz aos diferentes segmentos da comunidade escolar, pertencentes aos diversos grupos sociais e culturais. Ela deve se transformar em um espaço publica, onde diferentes vozes tenham possibilidades de articular seus discursos, estabelecendo um dialogo em que as diferenças sejam respeitadas, na busca do bem coletivo. No ambiente escolar deve ser assegurada a discussão aberta para o processo de seleção democrática da direção escolar, a escolha de representantes das classes. Todos os atores da escola devem ser envolvidos na elaboração de normas disciplinares, organização e planejamento da escola e da sala de aula e dos momentos de avaliação.
Partimos do pressuposto de que a educação é o processo concreto de produção da existência humana. O homem é um ser histórico em contínua construção. E a interação do conhecimento, gera seu desenvolvimento.
Neste contexto a escola desempenhará o papel da mediação, partindo do que a criança sabe e construindo novos conhecimentos e desafiando estes conhecimentos. Construir conhecimentos implica numa ação partilhada já que é através dos outros que as relações sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidos.
A Escola Municipal Padre Nicolau Gouverneur conta com os profissionais da educação pautados em uma visão global de sociedade, e busca tornar a escola e a educação escolar questionadora, politizada, criativa, inclusiva, solidária e, acima de tudo, capaz de desafiar o educando a resolver seus problemas e os da coletividade através da perseverança, cooperação coletiva, e preparando-os ao pleno exercício da cidadania.
Visa também construir uma educação coletiva, capaz de melhorar a realidade social, tornando-os homens críticos, ativos, enfatizando a importância de investirem em seus projetos de vida, assegurando a melhoria da qualidade de vida no meio rural, evitando assim a migração e o êxodo.
Enfim, queremos e faremos de tudo para termos uma escola onde se possa dialogar duvidar, discutir e compartilhar saberes onde haverá espaço para transformação, para as diferenças, ao erro, à colaboração mútua e a criatividade. Uma escola onde professores e alunos possam refletir sobre seu processo de construção de conhecimentos: conhecimento autêntico e significativo. Onde se leve em conta à historicidade e a socialização do saber.

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009



GESTÃO DEMOCRÁTICA

Célia Souza 1
Yonara Santana

RESUMO: O texto discute o caminho percorrido pela educação para se chegar a Gestão
Democrática tendo como abordagem, o conhecimento do gestor dentro de diferentes contextos
históricos. Em cada momento apontam-se estratégias que contribuíram e que continuam
influenciando para a conquista da Gestão Democrática na administração escolar através de um
trabalho significativo e participativo na vida da Escola.
Palavras-Chave: Participação, conhecimento, autonomia, ação educativa.


INTRODUÇÃO

Esse artigo tem como ponto fundamental, estimular cada vez mais a conquista da
autonomia nas escolas para que haja Gestão Democrática com a participação efetiva e eficaz dos
diferentes segmentos que contribuem para o desenvolvimento da educação. A educação preocupa-se
na formação do aluno no sentido de conquistar a autonomia no pensar e no agir. Sendo assim, faz-se
necessário que a escola apresente também, a autonomia no papel do gestor, pois, essa prática será
personificada através dos setores que compõem a escola.


ELEMENTOS QUE INFLUENCIAM A CONQUISTA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para que se alcance a participação tão desejada nas escolas, é preciso que se faça um
resgate na trajetória histórica da busca democrática e da formação do gestor considerando o
momento social, político, cultural e econômico vivido pela educação. Desta forma, a questão sobre a
gestão escolar nos faz primeiramente analisar o que vem a ser administração no sentido amplo e
escolar, pois, a visão que o gestor tem sobre sua função é fundamental para que seu desempenho
tenha êxito, pois, a Administração Geral e a Escolar possuem seus respaldos teóricos baseados nos
mesmos conhecimentos sobre administração, no entanto sua aplicabilidade está atrelada ao
ambiente, clientela e objetivo que pretende alcançar.
Diante do objetivo estabelecido pela educação em busca da democracia, é
fundamental que o gestor seja politizado, no sentido de ter bem claro seu papel de “modelo” de
educador, pautado em conhecimentos acumulados ao longo de sua formação e experiência em
diversas funções desenvolvidas antes mesmo de ser diretor.
É óbvia que, a eleição para diretor já demonstra um avanço na realidade escolar, uma
conquista que se apresenta como vitória para se chegar à Gestão Democrática. Entretanto, para que a
escola mantenha-se com tal conquista faz-se necessário que esse gestor esteja cada vez mais
investindo em sua formação, visto que, sua atuação frente à escola, estará abrindo novos caminhos
para os próximos gestores ou simplesmente, construindo obstáculos para o próximo gestor e para a
educação como reflexo de suas práticas pedagógicas.
O gestor estimulado pela comunidade escolar, pode desenvolver uma grande parceria
em sua gestão proporcionando um melhor processo de aprendizagem, enfrentando desafios
cotidianos com esperança e perseverança, transformando a escola num lugar prazeroso e amigo,
capaz de desenvolver em cada pessoa o gosto pelo saber/aprender/conhecer.
Assim, o espaço escolar torna-se um lugar aberto a muitas parcerias. Nesse sentido,
há um grande desafio para os gestores pela própria exigência de atenção, conhecimento e
habilidades. A escola deve preparar os alunos e ensiná-los a compreender e analisar de forma crítica
os problemas da vida, de si próprio e da sociedade que o permeia, tornando-os cidadãos
participativos.
Vale ressaltar que, existem escolas/gestores, que priorizam a identidade escolar, sua
autonomia como ponte para que haja a ruptura necessária nos paradigmas ultrapassados e
intoleráveis como práticas escolares. Todavia, existem escolas que buscam apenas a
democratização, sem pensar na autonomia e descentralização; outras apenas na autonomia sem levar
em conta a descentralização e democratização, como se esses fatos fossem isolados possíveis para
grandes mudanças.
Dessa forma, para que se instale o processo de Gestão Democrática, surgem algumas
dificuldades ao longo do caminho, pois, existem gestores que em busca dessa democratização
acabam tomando atitudes autoritárias, e outros que mostram descontinuidade na política e
administração do sistema educacional.
Portanto, para construir esse novo modelo de gestão é preciso enfrentar desafios,
pois, percebe-se que até hoje o processo para implantar a democratização no interior da escola ainda
encontra muitos obstáculos, afinal, não é possível pensar em democracia sem que os sujeitos
tornem-se conscientes para exercer esta prática.
O governo surge com novas propostas que visam além da descentralização e
autonomia dos recursos destinados a escola, a participação da comunidade na escola, a eliminação
da burocracia, dando uma maior autonomia também de forma pedagógica em busca de uma maior
qualidade, para que as escolas trabalhem a melhor forma de desenvolver seus projetos-pedagógicos,
porém, observa-se apenas uma redistribuição de tarefas administrativas e não do poder, porém, para
que esta descentralização seja alcançada, torna-se necessária uma reformulação do sistema existente.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:


Falar em Gestão Democrática é acreditar em uma educação com relevância social e,
logo, em uma escola construída a partir da ação coletiva. Assim, se o propósito é formar cidadãos
honestos e responsáveis, a gestão democrática é a política 2 mais necessária para qualquer
administrador escolar. A partir dessa administração será possível desenvolver e vivenciar a
democracia no dia-a-dia da escola e levá-la a consolidar a participação entre toda a comunidade
colaborando, assim, no processo de inclusão social do País.
Dessa forma, buscar a Gestão Democrática requer conquistar a própria autonomia
escolar, haja vista que, sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a
valorização da escola, da comunidade e consequentemente do Gestor e da equipe que está envolvida
no processo, que precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma
educação melhor e inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o conhecimento
de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que engrandeçam ações e ideais
humanizadores. Portanto, só assim o gestor não cairá no risco de ações pragmáticas e tecnicistas,
mas promoverá as inter-relações, compreenderá as diferenças e priorizará sempre o bem-comum.
Entenda como atitude, ação, postura reflexiva que leva à práxis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASSMANN, Hugo. Reencantar a Educação – Rumo à Sociedade Aprendente. São
Paulo: Vozes, 1998.
DEMO, Pedro. Participação é conquista: noções de política social participativa. São
Paulo: Cortez, 1998.
HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola: artes e ofícios da participação
coletiva. Campinas: Papiros, 1996.
PARO, Vitor. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 1997.




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

GESTÃO ESCOLAR ESTÁ SENDO REALMENTE DEMOCRÁTICA?






  1. CERTEZA: de que toda a gestão escolar deveria ser democrática.

  2. DÚVIDA: será que a gestão democrática realmente funciona?